Über Wahrheit und Lüge

Sobre a verdade e a mentira

– a saber…?
– Cada um tem suas necessidades. Se a filosofia fosse um banquete e eu um conviva, diria que estou satisfeito e estou apenas apreciando a tagarelice dos demais.
– E tu não “fala” nada?
– Só observo e me deleito.

Sobre a mentira

Por que haveríamos de ser filósofos se podemos ser poetas? Nunca gostei da verdade, somos filhos da mentira. Gostamos de mentir e gostamos que mintam para nós, construímos assim, ao longo de algumas dezenas de séculos nosso mundo, nossa civilização, nossa moral, por que recusamos a aceitar a mentira como algo prazeroso sem disfarçar? E ainda somos ingratos com o substrato do nosso ser, chamamos ao pai da mentira: diabo. Nunca paramos de cuspir ao prato que nos alimenta. Deixemos de ser filósofos e nos tornemos poetas. Os filósofos fazem as mentiras parecerem verdades já os poetas fazem a mentira parecer bela.

Sobre a verdade

O que falar sobre a verdade? O que falar sobre uma moça despossuída de beleza e vaidosa que não aceita uma observação atentando-se ao fato de sua compleição física não ser bela? Não adianta mascarar o que não é; após estar despida e depois de se banhar, tudo será como sempre foi. Continuar lendo

Warum lügen?

Por que mentir?

Tenho para mim que ser feliz é ser imbecil
É viver uma imbecilidade alegre
É esconder a triste infelicidade
Tenho para mim que isso de que falo é mentira
Porque estou feliz
Porque minto que estou feliz
Tenho para mim que todos mentem para mim
Isso é triste
Isso não me deixa feliz
Tenho para mim que a mentira não tem alvo
Ela é para os outros
Ela é para si próprio
Tenho para mim que mentir é fundamental
Para poder viver em paz
Para poder viver feliz
Tenho para mim que nada do que falo importa
Por não estar mentindo
Por não estar mentindo